segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Dança com Véus



O véu está presente em várias passagens de textos que falam sobre a dança dos povos do antigo Egito, por isso é previsível que este seja muito usado pelas bailarinas na atualidade. Quando se fala sobre a importância e o significado do véu, devemos lembrar que os movimentos na Dança do Ventre estão relacionados aos animais, às plantas, aos símbolos da mitologia egípcia e aos quatro elementos da natureza. Portanto, podemos relacionar o véu com o elemento ar (com os ventos que sopram do deserto).
A dança com véu pode variar de acordo com a intenção e criatividade da bailarina: pode-se dançar com um único véu, com dois ou até nove véus. Algumas bailarinas fazem uso do véu aliado aos snujs, por exemplo, querendo assim demonstrar sua habilidade com os acessórios da dança.


Dança da Bengala ou Bastão (Raks Al Assaya):

Do Alto Egito (sul), a popular e graciosa dança da bengala é, em geral, executada no ritmo Said.
Mostra toda a força, habilidade, equilíbrio e destreza da bailarina num estilo folclórico que é considerado uma espécie de sátira à dança masculina, denominada Tahbit.


Dança do Punhal:


Reverencia a deusa Selkis, a Rainha dos Escorpiões. O simbolismo representa a morte, o sexo e a transformação.
Esta dança é cheia de mistério e suspense. Esta dança é de origem turca, e a bailarina causa muito suspense ao passar punhal bem próxima do público. A Dança do Punhal é uma variação da Dança da Espada, e é cercada de mistério e muito suspense. De origem turca, reverencia a Deusa Selkis, a Rainha dos Escorpiões. Simboliza a morte, o sexo e a transformação.



Dança do Lenço Enrolado (Milaya A'Laff)

Sensual e satírica, esta dança é executada pelas mulheres baladi dos subúrbios do Cairo.
Com a borrka (chador tricotado reto, que deixa visível todo o rosto da bailarina, bem diferente dos chadores tradicionais, que escondemtotalmente o rosto), o Milaya A'Laff traz um clima de grande sensualidade, ousadia, descontração e até mesmo exagero.
É comum, nesta dança, vermos a bailarina emitindo várias vezes a zagareeta, tradicional grito de exaltação, mascando "chicletes" e falando em árabe. O ritmo geralmente é o Malfuf.

Dança do Jarro

No Egito, a dança do jarro é originária dos rituais de nascimentos.

A bailarina colocava um jarro d´água na cabeça e fazia movimentos artíticos.

A dança do jarro também simboliza as mulheres que saem de suas tendas e vão buscar água no Rio Nilo.













Dança do Candelabro


Simboliza o equilíbrio entre o céu e a terra. Sob o ritmo Malfuf, esta dança tradicional é apresentada, geralmente, em festas e casamentos, representando o renascimento e o caminho de luz que o jovem casal irá trilhar, com prosperidade.
A bailarina precede a comitiva de convidados acompanhada por músicos e cantores. Em sua cabeça, equilibra um candelabro com doze velas acesas.


Solo de Derbake

A origem desta modalidade vem desde o tempo dos rituais, pois eram acompanhados pela batidas fortes da percussão, em que a sacerdotisa acompanhava as mesmas com precisão, exaltando as forças da terra.
O Derbake, principal instrumento de percusão, estabelece um diálogo com o corpo da bailarina, que interpreta cada som e cada ritmo que soa com os seus quadris, seguindo a dinâmica da música.

Dança das Taças

Taças e velas, simbolizam a espiritualidade e festividade, como o casamento e a maternidade. A dança das taças está voltada para a própria bailarina, pois exalta seu corpo, despertando toda a feminilidade de si mesma.

A bailarina traz em suas mãos duas taças, onde se encontram as velas acesas.

A Dança com Tacinhas é derivada da Dança do Candelabro. São utilizadas uma taça em cada mão, ambas com uma vela acessa, sendo estas equilibradas em várias partes do corpo da bailarina, como pernas e barriga, mesclando sensualidade, mistério e equilíbrio. É uma dança muito antiga, comum em batizados e casamentos egípcios, assim como a Dança do Candelabro, onde as bailarinas conduzem o cortejo levando as tacinhas acesas na mão. O fogo das velas ilumina o caminho do casal de noivos como forma de trazer felicidade à eles, representando luz, vida e prosperidade. Ao dançar com as tacinhas, a bailarina faz do seu corpo um veículo sagrado e ofertado.









domingo, 30 de agosto de 2009

A Prática da Dança do Ventre





O problema de muitas mulheres é que viver gera experiências e algumas vezes estas experiências geram marcas. Marcas ficam registradas, sejam elas boas ou ruins.
Os registros destas marcas ficam arquivados na memória consciente e subconsciente, que, na tentativa de aliviar o sistema do indivíduo, os transfere para diversas partes do corpo.
O corpo armazenou estas informações em si, gerando couraças e respostas somáticas que se cristalizaram com o tempo na mulher.
A mulher. Ansiosa. Tensa. Inflexível. Rígida. Infeliz... Doente.
A dança do ventre ou dança oriental como prática proporciona inúmeros benefícios que a mulher pode contar. A começar pelo conhecimento do próprio corpo, a consciência corporal, que geralmente é desprezada nesta fase, é aqui, tratada com prioridade.
As potencialidades sensoriais, sensitivas, perceptivas, cinestésicas, motoras, criativas e comunicativas são ampliadas. O reconhecimento da identidade, a sensação de acolhimento que a dança do ventre trabalha, diminui sintomas psicossomáticos, o medo da morte e o medo da solidão.
Proporciona motivação, contato com experiências próprias desta fase da vida. Por trabalhar a relação íntima entre movimento e emoção, desperta uma linguagem corporal espontânea. A prática da dança do ventre, também pode ter efeito ansiolítico e antidepressivo para a mulher.
Todos estes benefícios são possíveis, porque a dança do ventre aplicada para todas idades trabalha com recursos variados, tais como a música, o silencio, as vibrações produzidas pelo corpo, cores, palavras e imagens. Ela privilegia movimentos livres, espontâneos, próprios de cada praticante.
O processo-aula favorece a manifestação destes benefícios
O aquecimento pode ser passivo ou ativo, com exercícios primários básicos, como o contato com o chão, a exploração dos sentidos e do espaço, a percepção do movimento respiratório, a noção de eixo corporal.
A prática dos movimentos da dança pode acontecer em dupla, grupo ou individualmente, envolvendo a movimentação de acordo com o ritmo da música, ou ritmo interno da própria praticante.
Ela tem a liberdade, de criar a partir disso, um padrão próprio de movimento, respeitando sua essência. Na fase do relaxamento, a praticante tem a oportunidade de reconhecer seu controle sobre o tônus muscular e perceber a diminuição de sua atividade cerebral.
Nesta etapa podem se manifestar danças espontâneas para depois, a aluna se deitar ou sentar, ouvindo uma música ou ainda seguindo um relaxamento dirigido

A prática da Dança do Ventre na 3ª Idade



O problema de muitas:
Viver gera experiências. Experiências geram marcas. Marcas ficam registradas, sejam elas boas ou ruins. Os registros destas marcas ficam arquivados na memória consciente e subconsciente, que, na tentativa de aliviar o sistema do indivíduo, os transfere para diversas partes do corpo. O corpo, armazenou estas informações em si, gerando couraças e respostas somáticas que se cristalizaram com o tempo na mulher.
A mulher. Ansiosa. Tensa. Inflexível. Rígida. Infeliz... Doente.
A Dança Oriental como prática na terceira idade, que preferencialmente chamo de melhor idade, proporciona inúmeros benefícios que a mulher pode contar. A começar pelo conhecimento do próprio corpo, a consciência corporal, que geralmente é desprezada nesta fase, é aqui, tratada com prioridade.
As potencialidades sensoriais, sensitivas, perceptivas, cinestésicas, motoras, criativas e comunicativas são ampliadas. O reconhecimento da identidade, a sensação de acolhimento que a Dança do Ventre trabalha, diminui sintomas psicossomáticos, o medo da morte e o medo da solidão. Proporciona motivação, contato com experiências próprias desta fase da vida.
Por trabalhar a relação íntima entre movimento e emoção, desperta uma linguagem corporal espontânea. A prática da Dança do Ventre, também pode ter efeito ansiolítico e antidepressivo para a mulher.
Todos estes benefícios são possíveis, porque a Dança do Ventre aplicada para a melhor idade trabalha com recursos variados, tais como a música, o silencio, as vibrações produzidas pelo corpo, cores, palavras e imagens. Ela privilegia movimentos livres, espontâneos, próprios de cada praticante.
O processo-aula favorece a manifestação destes benefícios: o aquecimento pode ser passivo ou ativo, com exercícios primários básicos, como o contato com o chão, a exploração dos sentidos e do espaço, a percepção do movimento respiratório, a noção de eixo corporal.
A prática dos movimentos da dança pode acontecer em dupla, grupo ou individualmente, envolvendo a movimentação de acordo com o ritmo da música, ou ritmo interno da própria praticante. Ela tem a liberdade, de criar a partir disso, um padrão próprio de movimento, respeitando sua essência.
Na fase do relaxamento, a praticante tem a oportunidade de reconhecer seu controle sobre o tônus muscular e perceber a diminuição de sua atividade cerebral. Nesta etapa podem se manifestar danças espontâneas para depois, a aluna se deitar ou sentar, ouvindo uma música ou ainda seguindo um relaxamento dirigido.
Há também de se considerar as causas do porquê a fase do envelhecimento ser tão dolorosa para muitas pessoas, tais como estilo de vida, atitudes mentais que geram padrões de resposta afetiva, que por sua vez geram respostas somáticas, revelando uma espécie de reação em cadeia, onde os sistemas do corpo estão interligados.
A Dança do Ventre pode se constituir numa alternativa para diminuir ou cessar esta reação em cadeia, porque ela possibilita à mulher que a escolhe, uma decisão em reabilitar-se holisticamente.
No aspecto orgânico ela tem a oportunidade de melhorar o funcionamento e o desempenho de seu sistema respiratório, cardiovascular, endócrino e neuromotor. No aspecto psicológico ela começa a sentir-se útil para si, e, neste ponto, ela se revaloriza, aumenta sua auto-estima, se dá crédito, confia em si mesma e em suas capacidades, respeita seus limites, respeita-se como é, e reorganiza sua auto-imagem corporal.
A Dança do Ventre é principalmente vantajosa para a mulher da melhor idade. Pois ela já viveu as alegrias e mágoas que a vida lhe permitiu sentir, ela carrega consigo uma bagagem de conhecimentos que coloca a mulher jovem em desvantagem na dança. A mulher na melhor idade, tem experiências que a mulher jovem não possui, por isso mesmo, sua sensualidade, trabalhada e reconhecida na dança, é mais envolvente, magnética e pura – ela vive a Anciã.
Artigo retirado do livro "Metaforma e Movimento"









A Dança do Ventre como Dança Artística



A Dança do Ventre geralmente é vista no Brasil como uma dança cuja finalidade é a sedução. A bailarina dança para seduzir os homens e estes se divertem e admiram a beleza sensual de quem dança. Ela também costuma ser vista como uma dança que não necessita de técnicas e tampouco de qualquer conhecimento a quem quer realizá-la. Diz-se por aí que é necessário apenas um “rebolado” e muita sensualidade.
Mas ao contrário do que se imagina, atualmente no ocidente a dança do ventre pode ser considerada como dança artística, assim como o balé clássico, a dança moderna e o jazz o são.
Para a professora da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) Mônica Dantas, a dança artística é aquela dança que envolve um espetáculo apresentado a uma platéia, que possui técnicas específicas de movimento, assim como criadores das obras de dança (os coreógrafos) e a profissionalização dos bailarinos. Neste sentido, a dança artística caracteriza-se como uma profissão.
Dança artística significa então, a dança que necessita de treinos, técnicas, ensaios, aulas, etc. Ou seja, aquela que requer um processo formal de aprendizagem, e, portanto, necessita de profissionais habilitados para o seu ensino e apresentação.
As platéias para as apresentações de dança do ventre encontram-se geralmente em restaurantes árabes, casas de chá, festas comemorativas como aniversários e casamentos, assim como festivais de dança em teatros.
Existem inúmeros movimentos desta dança, que são realizados tanto em deslocamento quanto posicionada; realizados tanto com o tronco como com o quadril – sendo que o princípio da dança do ventre é o isolamento das partes do corpo: quando se move o quadril, imobiliza-se o tronco e vice-versa. Os braços participam sempre como uma moldura para a dança. Para cada um desses passos existe uma técnica específica a ser aprendida, a qual possibilita a realização do mesmo.
Os movimentos são feitos sempre junto com uma música árabe. Não são todas as músicas árabes que se prestam à dança do ventre, assim é necessário que a bailarina saiba quais são adequadas para sua dança. Também há muitos ritmos árabes e, quem dança, precisa conhecer e dominar um número mínimo deles para que possa executar uma dança adequada a cada um deles (pois há danças folclóricas árabes que se utilizam de algum objeto, como por exemplo, a dança com a bengala, em que se dança somente com determinados ritmos e não outros). As apresentações podem ser em grupos, em solos, duplas ou trios. Também as danças podem ter sido coreografadas previamente – pela própria bailarina que dança ou por outra-, ou podem estar sendo improvisadas por quem dança no instante de sua realização.
As profissionais da dança do ventre são professoras e bailarinas ou tão somente uma das duas. Entendendo-se que bailarina é aquela que realiza apresentações em público em troca de cachês. Mas o que se verifica é que a maioria das profissionais exerce ambas as funções.
A formação profissional em dança do ventre é um assunto pouquíssimo discutido e que apresenta ainda características e situações bastante informais.
Não há um órgão fiscalizador que regulamente esta profissão. A maioria das bailarinas e professoras, depois de um determinado tempo fazendo aulas com outras professoras, consideram-se profissionais e dão início à sua carreira. Este preparo anterior à profissionalização varia muito de uma pessoa pra outra.
Assim, pode haver professoras que se iniciaram depois de sete anos fazendo aulas, assim como aquelas que, passados dois anos como alunas já ministravam aulas e realizavam shows em troca de cachês.


Conclusões


Seja para dançar a coreografia elaborada por outrem, seja para coreografar músicas ou improvisar danças, a praticante de dança do ventre necessita de muitos conhecimentos prévios, que incluem a aprendizagem de como se apresentar, das técnicas específicas da dança do ventre, de como coreografar e improvisar, conhecimentos da música e dos ritmos árabes, entre outros. Inegavelmente esses conhecimentos se adquirem através de aulas, treinos, estudos, ensaios, ou seja, através de um processo formal de aprendizagem da dança.
Assim, não cabe mais à dança do ventre o papel de uma prática corporal cujo objetivo é a sedução, e à qual não há necessidade de quaisquer conhecimentos. Ela possui conhecimentos e técnicas específicas, disponíveis e acessíveis no mercado, e, além disso, necessárias a quem quer praticá-la.
Ainda que sua profissionalização no Brasil se dê de maneira informal e que seja pouco discutida, ela caminha a passos lentos uma vez que ainda limita-se a poucos profissionais com formação específica e que são comprometidos com a qualidade da cultura corporal da dança do ventre. Profissionais que se preocupam com um preparo anterior à sua profissionalização, que sabem da necessidade de constante evolução, atualização e desenvolvimento de seus conhecimentos, que afastam desta dança características meramente sensuais, e que, portanto, garantem a qualidade da dança do ventre enquanto ensino e arte.


Referências Bibliográficas


DANTAS, Mônica Fagundes. Poéticas da Dança Moderna em Porto Alegre: Histórias inscritas nos corpos que dançam. Coletânea do V Encontro de História do Esporte, Lazer e Educação Física. Maceió, 1997.


Por Mariana Lolato


A Dança do Ventre na Gravidez


A gestação é um dos momentos mais importantes da vida de uma mulher; no qual seu corpo modifica-se e prepara-se para gerar e pôr no mundo uma nova vida.
Dançar é uma forma de exteriorizar nossas emoções, e sentirmos bem consigo mesmo. Na gravidez não devemos nos privar de realizar essas sensações que nos provoquem bem estar.
Por isso, a partir do terceiro mês de gestação, e com a devida autorização do médico obstetra, é totalmente saudável e permitido a prática da Dança do Ventre com o acompanhamento e orientação necessária, além dos cuidados e restrições próprios desta fase.
Pesquisas sobre a origem desta dança, mostram que até mesmo antes da mais antiga civilização reconhecida historicamente, a dos Sumérios, na região da Ásia, situada entre os rios Tigres e Eufrates (partes hoje do Iraque e do Irã) eram praticados rituais sagrados em honra das divindades femininas, homenageando a Grande Deusa Mãe. As mulheres dançavam ao redor do fogo, venerando a natureza, a Terra (símbolo da fertilidade), a Lua; elas se ofertavam como filhas a serviço de sua Deusa, e procuravam receber a força da Grande Mãe.
Esta prática milenar, era usada pelas mulheres desde os primórdios da civilização, como preparação pra o parto, celebração das colheitas e culto à Deusa. Esses rituais sagrados tinham caráter religioso e de extrema importância para a mulher, que não disponibilizava da tecnologia e recursos atuais. Nos tempos antigos não existia antibióticos, nem cesariana, nem nenhum tipo de recurso atual usados para o parto ou qualquer problema decorrente dele. A Dança do Ventre como culto à Deusa era a única fonte que trazia a força e o preparo necessários para a mulher, tanto físico quanto psicológico.
O Ventre é o símbolo do útero da Terra; e ambos eram semeados, um pelo coito e a outro pelo plantio das sementes. Em época de lua cheia, no momento da semeadura, homens e mulheres acasalavam-se na terra arada, esperando que o céu fizesse o mesmo com a Terra, fecundando-a. O verbo "semear" tem a mesma origem da palavra "sêmen". Assim como a Terra precisava estar preparada para o plantio, a mulher precisava estar preparada para a gestação e o parto. Essa preparação era conseguida através da fé na Deusa Mãe juntamente com a força, respiração e consciência adquiridos através da dança.
Não trata-se de apenas uma atividade física com técnicas rígidas, mas sim uma dança da alma. E nada melhor do que sua prática para realizar esse contato com o divino, o resgate do eu-feminino, o retorno à suas origens e a formação de um elo de ligação com nossos ancestrais e com todas as forças da natureza; descobrindo que todas nós somos Deusas também. Não há nada mais belo do que uma mulher dançando e celebrando a vida na gravidez, com muita leveza e feminilidade; pois esse é o verdadeiro sentido desta dança: O dom de dar a vida através do seu Ventre.
Vejamos abaixo, alguns dos benefícios que a Dança do Ventre pode trazer para o plano físico, mental e emocional, durante a gestação:
·Melhora o desempenho dos partos naturais
·Resgata a auto-estima
· Corrige a postura
· Fortalece o assoalho pélvico
·Solta as articulações e alivia as tensões
·Auxilia na prevenção da obesidade
·Fortalece o tonifica todos os músculos das pernas, coxas, panturrilha, quadris, abdômen, glúteos, ombros, braços e seios
·Dá melhor condicionamento físico e alongamento
·Dá maior coordenação motora e ritmo
·Equilibra os chakras
·Dá mais feminilidade, leveza, suavidade, confiança e segurança
·Faz a mulher entrar em contato com a sua Deusa interior

Dança dos Sete Véus


A dança dos sete véus é um dos mais famosos, belos e misteriosos ritos primitivos. Embora muita gente acredite que se trata da mais antiga versão do strip-tease, a dança não tinha um caráter exclusivamente erótico. Não era praticada em ritos de fecundação, mas pelas sacerdotisas dentro dos templos da Deusa Egípcia Ísis. . A sacerdotisa oferecia a dança para a Deusa Isis, que dentro dela existe, e lhe da beleza e força.
Essa dança era realizada em homenagem aos mortos. As sacerdotisas, em seus templos, retiravam não só os véus, mas todos os adereços sobre o seu corpo, para simbolizar a sua entrada ao mundo dos mortos sem apego a bens materiais.
A Dança dos Sete Véus pode ser realizada, também, em homenagem à Deusa Babilônica Ishtar ou Astarte, deusa do amor e da fertilidade. Segundo os babilônios, Tamuz, seu amado teria perdido a vida e levado para o reino de Hades, o submundo, e Ishtar, por amor, resolveu ir também para o reino de Hades. Determinada, Ishtar atravessou os sete portais do submundo, e em cada portal deixou um de seus pertences: um véu ou uma jóia (cada um deles representando um de seus sete atributos: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e o domínio sobre as estações do ano). O véu representaria o o que ocultamos dos outros e de nós mesmos. Ao deixar os véus Ishtar revela sua verdade e consegue unir-se a Tamuz.
Mais tarde passou a simbolizar as sete cores do arco-íris, os sete planetas conhecidos na época (que estão representados na dança como possuidores de qualidades e defeitos que influenciam o temperamento das pessoas) e os sete chacras (pontos energéticos do corpo humano). Com isso, a dança passou a ser realizada por bailarinas, que limitavam-se a retirar os véus. A retirada e o cair de cada véu , significam o abrir dos olhos, o cair da venda, que desperta a consciência da mulher. E a evolução espiritual .
Existe também um outra versão que diz que a Dança dos Sete Véus trata-se de um dança hollywoodiana (Salomé) que foi unida a dança do ventre ganhando fama e se propagando com ela. Entretanto, cabe ressaltar que, falando-se de dança do ventre, não existe verdade e nem tampouco mentira absoluta.

A vestimenta
A bailarina se envolve com os sete véus. Os véus podem ser das seguintes cores: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, lilás, branco. A vestimenta da dança do ventre , embaixo dos sete véus, deve ser preferencialmente de cor clara, suave.
A retirada de cada um dos véus, presos ao corpo da dançarina, representa a dissolução dos aspectos mais nefastos e a exaltação das qualidades pessoais. O véu vermelho está associado a Marte; sua retirada significa a vitória do amor cósmico e da confiança sobre a agressividade e a paixão; O véu laranja representa Júpiter, que dissolve o impulso dominador e dá vazão ao sentimento de proteção e ajuda ao próximo.
O Sol está ligado à cor amarela, que elimina o orgulho e a vaidade excessiva, trazendo confiança, esperança e alegria; o véu verde vale para Mercúrio, que mostra a divisão e a indecisão sendo vencidas pelo equilíbrio entre os opostos; Vênus é o véu azul-claro, a qual revela que a dificuldade de expressão foi superada, em prol do bom relacionamento com os entes queridos; o lilás, que representa Saturno, mostra a dissolução do excesso de rigor e seriedade, a conquista da consciência plena e o desenvolvimento da percepção sutil.
Finalmente a Lua está associada à cor branca ou ao prateado ( a união de todas as cores ). A queda do último véu mostra a imaginação transformada em pensamento criativo e pureza interior.


A dança
Retira- se cada véu com muita sensualidade, habilidade e naturalidade. Fazendo movimentos ondulatórios, movimentos laterais de cabeça, movimentos rotatórios e ondulatórios com as mãos, movimentos de transe.


A música
Deve ter andamento lento e duração longa (aproximadamente 7 a 8 minutos).
A bailarina deve assumir uma personagem: a sacerdotisa em busca da sua verdade. O despertar de sua consciência, de sua força e poder, dentro do mais perfeito equilíbrio

"Código de Ética da Dança do Ventre "

A dança do ventre é uma expressão artística e, como tal, deve ser difundida. Cabe às profissionais da área zelar pelo seu conceito, mantendo assim, os padrões de elegância que a envolvem e não permitindo sua vulgarização.
Para exercer suas funções com dignidade, as profissionais da área devem receber remuneração justa pelos serviços artísticos ou didáticos prestados.
É considerada conduta antiética a prática de concorrência desleal com outras profissionais da área (bailarinas ou professoras).

Professoras

- A professora tem a função de ensinar e orientar pacientemente, sempre zelando, em primeiro lugar, pela saúde e bem-estar de suas alunas, e respeitando as limitações de cada uma.
- A todas as professoras é dada orientação que seus currículos estejam à disposição das alunas.
- É importante que a professora realize anualmente avaliações opcionais com suas alunas, as quais terão à disposição informações preciosas para a evolução de seu aprendizado.
- A dedicação ao ensino deve ser direcionada para o conhecimento de suas alunas e não como instrumento de vaidade pessoal para a promoção da professora
- A professora deve exercer seu trabalho livre de toda e qualquer discriminação, motivando e respeitando suas alunas, independentemente de características físicas ou faixa etária, lembrando que esta é uma atividade que deve ser direcionada visando ao bem-estar e equilíbrio físico, mental e emocional. Portanto, não podem ser exigidos padrões estéticos que diferenciem ou discriminem qualquer uma delas.
- Para aptidão ao magistério da dança do ventre considera-se satisfatório um período mínimo de 4 anos de estudos na área, com aperfeiçoamento em didática e conhecimentos de anatomia, cinesiologia e biomecânica que possibilitem segurança na realização de um trabalho corporal consciente. O tempo de estudo pode ser reconsiderado a partir de cursos realizados anteriormente, como balé clássico, educação física ou faculdade de dança .
- A professora de dança do ventre deve buscar aprimoramento e atualização constantemente.
- A professora deve cumprir a programação e o cronograma de cursos oferecidos ou divulgados a suas alunas.
- Todas as alunas merecem igual atenção de sua professora, a qual não deve fazer qualquer distinção entre elas.
- A professora deve ser especialmente honesta quanto aos seus conhecimentos, buscando respostas corretas para esclarecimento de suas alunas. Todas as informações pertinentes ao curso que se dispõe a ministrar devem ser transmitidas com clareza e honestidade, visando ao efetivo aprendizado de suas alunas.
- Como a dança do ventre tem origens muito remotas e informações de difícil acesso, esta questão deve ser sempre esclarecida a priori, para se evitar a divulgação de histórias fictícias que resultem em prejuízo à sua imagem e evolução.
- A professora não deve estimular competitividade negativa entre suas alunas ou com outros grupos.
- A professora deve ter respeito e consideração com as demais profissionais da área, preservando um ambiente de relacionamento sadio que possa acrescentar ao desenvolvimento de todo o segmento, não utilizando a sala de aula como espaço para demonstrar rivalidades pessoais ou denegrir a imagem dos demais profissionais da área em pról de sua promoção.

São ainda consideradas atitudes antiéticas:
- Apresentar coreografias de outras profissionais sem prévia autorização, bem como omitir o nome da responsável por sua criação.
- Coibir a participação de alunas em workshops e cursos que possam acrescentar elementos ao desenvolvimento e aprendizado.
- Apresentar currículos com informações fictícias referentes ao aprendizado e experiência. Recomenda-se que, em se tratando de cursos e workshops, sempre se solicite certificado de participação

Bailarinas

No Brasil, até a presente data, são consideradas bailarinas de dança do ventre todas aquelas que, possuindo o conhecimento e experiência necessários, prestem serviços artísticos profissionais (shows) mediante oneração.
- Cabe à bailarina profissional cumprir todas as cláusulas acertadas em contrato para prestação de serviços artísticos junto ao seu contratante.
- A bailarina profissional de dança do ventre deve zelar pela imagem moral da
categoria que representa:

a) mantendo relacionamento de respeito e elegância junto ao seu público e contratante.
b) trajando-se de forma adequada aos padrões da categoria durante suas apresentações.
Faz parte da correta conduta ética entre bailarinas profissionais:
- Quando assistir à apresentação de outra bailarina e/ou alunas, dedicar o devido respeito e atenção.
- Quando estiver realizando apresentação em conjunto, ser solidária e direcionar o trabalho com espírito de equipe e união.
- Ter consciência de que cada profissional possui um estilo próprio que a diferencia e, assim, saber apreciar a admirar, com a devida humildade, todas as variadas formas de se expressar a mesma arte.
- Respeitar o local de trabalho de outras profissionais.

São consideradas atitudes antiéticas:

- Atravessar ou interferir em contato de trabalho de outra profissional estando ciente deste fato.
- Distribuir material de propaganda pessoal durante serviços contratados por meio de outra bailarina.
- Criticar o desempenho ou denegrir a imagem de outra profissional junto ao público, contratantes ou demais colegas da área.
- Transformar uma apresentação coletiva em disputa pessoal de vaidade, interferindo na qualidade do trabalho apresentado.

A forma como uma professora e bailarina se referem à sua (s) mestra (s) é um exemplo que será seguido por suas alunas amanhã. Quem não respeita seu mestre não valoriza a arte.
Recomenda-se sempre avaliação médica antes do início das atividades, como em qualquer atividade física.
As responsáveis pela elaboração do Código de Ética esperam que a união, a humildade, a seriedade, o respeito e o amor sincero à arte estejam sempre acima de qualquer diferença pessoal. Que estes laços que nos aproximaram até aqui em favor do objetivo único de valorizar e organizar nossa arte se fortifiquem a cada dia, alcançando todas as praticantes da dança do ventre no Brasil.